Primeiro edifício requalificado com apoio da Câmara de Lisboa lançado no mercado

Autarquias: Programa «Reabilita Primeiro Paga Depois» quer incentivar requalificação

04.07.2014

As cinco fracções do primeiro edifício reabilitado em Lisboa, ao abrigo do programa «Reabilita Primeiro Paga Depois», na Rua São Pedro Mártir, 49, na Mouraria, vão ser colocadas no mercado, divulga a Câmara Municipal de Lisboa. Os apartamentos vão ser colocados à venda, por valores entre os 100 e os 140 mil euros, de acordo com o promotor.

 

O edifício, integralmente reabilitado, destina-se exclusivamente a habitação (4 - T2 e 1 - T1). Fica paredes meias com o antigo Palácio dos Aboim, construído no século XVIII, onde se instalaram instituições como «Mouraria Empreende» e «Mouraria+Emprego».

 

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, acompanhado pelos vereadores do urbanismo e habitação, Manuel Salgado e Paula Marques, e pelo presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Miguel Coelho, visitou esta semana o edifício e aproveitou para realçar o trabalho de reabilitação urbana da Mouraria, promovido pela Câmara, premiado pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana.

 

Para o autarca este é «primeiro exemplo de um prédio integralmente reabilitado num programa que visa sobretudo dinamizar a reabilitação urbana, que facilitará a existência de novos espaços habitacionais no centro da cidade». Salientou ainda o contributo que dá à dinamização da economia.

 

António Costa revela que a procura tem sido grande «quer por via do diferimento do pagamento, quer por via do desconto de 10 por cento quando o pagamento é a pronto, o que, considerou, «tem permitido mobilizar as poupanças», de promotores colectivos e particulares.

 

As próximas décadas vão ver nascer um «novo paradigma no acesso à habitação», com «mais reabilitação e menos construção nova, mais arrendamento e menos compra», o que, no entender do autarca, vai implicar capacidade de mobilização do investimento privado. «Nem o Estado nem as autarquias têm, por si só, capacidade de fazer esse esforço de reabilitação».

 

Verifica-se, pela primeira vez em décadas, um aumento do número de famílias a residir no centro da cidade, sublinhou António Costa, sobretudo graças a melhores escolas e jardins-de-infância, proximidade do local de trabalho e um bom serviço de transportes públicos.

 

O vereador Manuel Salgado sublinha que o grande objectivo da câmara «não é tanto fazer receita mas sim reabilitar os edifícios» por isso o pagamento é diferido. «Quase todos os edifícios reabilitados são nos bairros históricos de Lisboa, o que permite criar uma dinâmica nestes bairros, juntamente com o trabalho de reabilitação do espaço público» feito pela autarquia.

 

Redacção Jornal Arquitecturas

TAGS: reabilitação , Câmara Municipal de Lisboa
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