Os presidentes das câmaras municipais do Porto e Viseu defendem que as verbas dos fundos comunitários devem ser aplicadas maioritariamente nas regiões do Norte e Centro já que são aquelas que mais precisam.
Os autarcas reuniram-se esta quinta-feira, 6 de Fevereiro, na 'Invicta', para delinear as políticas entre as duas cidades. Algumas das conclusões deste encontro estão já divulgadas na página oficial da Câmara do Porto.
«O Norte e Centro têm sectores de actividades que têm de ser apoiados numa lógica de proximidade, que não se compadece com uma visão nacional do problema da competitividade. Se é para promover a coesão, as verbas têm de ser aplicadas em duas das regiões [Norte e Centro] que mais precisam», afirmou o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, vice-presidente da Associação Nacional de Municípios e anterior secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, responsável pelos fundos comunitários.
Os autarcas estão preocupados com o risco de centralização da gestão dos fundos 2014-2020. Almeida Henriques defendeu mesmo que a sede do COMPETE - Programa Operacional Fatores de Competitividade seja no Norte ou no Centro.
«Temos o Algarve que depende do turismo, e é bom que assim seja, temos Lisboa e Vale do Tejo que depende dos serviços e turismo, e ainda bem, mas há o Norte e o Centro que dependem muito da exportação. Queríamos deixar aqui uma mensagem ao Governo e aos outros autarcas para a importância deste corredor estratégico para Portugal», sublinhou por outro lado o autarca do Porto, Rui Moreira. O presidente portueense lembra que as regiões do Norte e Centro são responsáveis por 65 por cento das exportações, factor essencial para que o país consiga sair da crise.
Rui Moreira frisou ainda a importância da reabilitação urbana para as duas cidades e lamentou que tenha desaparecido das grandes opções, o que terá um forte impacto nas grandes cidades.
A liga entre cidades e a linha ferroviária Aveiro-Salamanca foram outros assuntos abordados no encontro, segundo o portal da autarquia.
Redacção Jorna Arquitecturas
