O consumo de água em Lisboa diminuiu 25 por cento na última década passando de 74,5 milhões de metros cúbicos em 2004 para 55,4 milhões em 2014. Os números foram revelados na tarde desta sexta-feira, 20 de Março, durante a apresentação da Matriz da Água de Lisboa 2014, que decorreu na sala do arquivo nos Paços do Concelho. Este documento actualiza e completa a última Matriz da Água do concelho de Lisboa publicada em 2004.
Esta redução de consumo de água explica-se não só pela diminuição da população, mas também pelo uso eficiente da água por parte da população, como sublinhou o vereador da Estrutura Verde e Energia da Câmara de Lisboa, José Sá Fernandes, na sessão de apresentação.
O volume de água realmente perdido também diminuiu 75 por cento nestes anos graças ao trabalho da EPAL a este nível que já é reconhecido internacionalmente. De 19,5 milhões de metros cúbicos passou-se para apenas 5,2 milhões de metros cúbicos perdidos, salientou o presidente da EPAL, José Sardinha. A capitação doméstica também desceu de 152 para 142 litros por habitante.
A Câmara Municipal de Lisboa, o terceiro maior consumidor de água da cidade, a seguir ao segmento doméstico e industrial, também registou poupanças significativas possibilitadas pela eficiência na rega e reutilização da água para lavagem de ruas.
Só em 2014 a Câmara Municipal de Lisboa usou quase 25 milhões de metros cúbicos de água residual tratada para lavar as ruas deixando de consumir água potável para o efeito.
É de salientar ainda o aumento do volume de água residual tratada que evoluiu de 59 para 93,4 milhões de metros cúbicos, ou seja, aumentou 48 por cento.
A Matriz da Água, que identifica e quantifica ainda as entradas e saídas de água no concelho, resulta do trabalho da Lisboa E-Nova, em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa, EPAL - Empresa Portuguesa das Águas Livres, SA e SIMTEJO - Saneamento Integrado dos Municípios do Tejo e Trancão, SA.
Ana Santiago
