Comentário Miguel Pimentel: "As (novas) subconcessões de transporte em Lisboa e no Porto"

25.01.2016

A recente polémica relativamente às subconcessões de transporte em Lisboa e no Porto poderá ter que ser vista de uma perspetiva bem mais prática do que aquela que temos visto. A polémica é se uma subconcessão da operação irá trazer de fato um investimento estrageiro que seja útil para os país, especialmente para o setor dos transportes.

 

Ou seja, que know-how um empresa estrangeira traria para um empresa como a Carris ou a STCP no que concerne à sua operação?

 

Recentemente o novo Ministro do Ambiente, considerou que os contratos celebrados com as empresas para a subconcessão dos transportes públicos de Lisboa e Porto não são investimento estrangeiro. Matos Fernandes considera (bem na minha opinião) que estes contratos não são investimento estrangeiro.

 

Não obstante estes novos contratos, que iriam trazer um novo fôlego ao sector da operação do transporte coletivo de passageiros em Portugal, parece-me que não trariam novo conhecimento das redes, e mais importante, das pessoas e do território que servem.

 

O problema parece-me sempre estar muitas vezes ligado ao próprio caderno de encargos e
à forma como este é feito pois estes estão bem longe dos objetivos hoje comuns a toda a sociedade: Sustentabilidade. Uma palavra antiga, batida, mas sempre atualizada.

 

Miguel Pimentel é consultor de mobilidade, Eng. Civil, Mestre em Planeamento de Transportes e Doutorando em Planeamento e Ordenamento do Território na FEUP (CITTA-Centro de Investigação do Território, Transportes e Ambiente).

TAGS: Comentário , Miguel Pimentel , mobilidade , transportes , Lisboa , Porto , subconcessões
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