Dois terços (66 por cento) das áreas urbanas de génese ilegal (AUGI) do concelho de Almada foram já reconvertidas, garantiu ontem à agência Lusa Amélia Pardal, vereadora para o Planeamento do Território. “A maioria” das restantes, acrescentou ainda, tem os processos de revitalização “em curso”. No concelho de Almada, as AUGI ocupam 352 hectares de terreno e envolvem cerca de 40 mil habitantes ou proprietários.
Amélia Pardal reconheceu que estas são “áreas de complexa resolução”, mas lembrou que as dificuldades resultam, em numerosos casos, do facto de estarem em causa “construções ilegais de muitas décadas”. Para a sua reconversão é necessário ultrapassar “as dificuldades de entendimento que por vezes surgem entre co-proprietários”, explicou a autarca. O facto de muitas AUGI se encontrarem em áreas com restrições urbanísticas (Reserva Agrícola Nacional ou Reserva Ecológica Nacional, por exemplo), lembrou Amélia Pardal, é outro dos grandes obstáculos deste processo.
Neste momento, garantiu, “tudo aquilo que é possível resolver entre as associações e a câmara está em fase de resolução e o objectivo é que os restantes casos se encerrem o mais rapidamente possível”. O realojamento não é no entanto uma opção em cima da mesa.
Redacção portal arquitecturas